Um olá especial aos leitores
maravilhosos.
Como foi a semana de vocês? E as
práticas de meditação, educação e compaixão? Alguém se arriscou a mergulhar no
mundo dos trabalhos voluntários? Não?! Posso garantir-lhes que após a
publicação dessa semana, você que não se sentiu totalmente disposto a ser um
voluntário irá pensar no assunto. Porém quero preparar-lhes pois o assunto é
mais delicado, carece de atenção, cuidado, de compaixão e disposição.
Conhece alguém que suicidou-se ou
pensou em cometer tal ato? Ou mesmo você? Já cogitou essa possibilidade?
Infelizmente o número de suicídios é crescente, tanto no Brasil como no mundo.
Conforme o artigo lido essa semana “Prevenção do Suicídio: Um relato da
Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) no Município
de Porto Alegre “, o número é alarmante, em 2010 foram registrados “160
óbitos por suicídio, o que significa que a cada 2 dias e 6 horas uma pessoa
suicidou-se” na capital (VENTURELA, Patrícia D’Avila, Prevenção do Suicídio: Um
relato da Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) no
Município de Porto Alegre, 2011, p. 10). Mas talvez o mais triste seja que o
ato é cometido para comunicar algo a sociedade, a um grupo ou especificamente a
alguém, a pessoa não encontra uma maneira de ser ouvido em vida e utiliza a
morte como recurso - o último – para falar da vida. Freud, por exemplo,
co-relaciona com a melancolia, que para o neurologista criador da psicanálise é
o suicídio sem a ativação do ato e é caracterizada pelo luto, sonhos ou desejos
perdidos, a dor da perda enfim, o esvaziamento do alma.
DURKHEIM – sociólogo, psicólogo e
filósofo francês - cita no texto que há 3 tipos básicos de suicídio, que são:
·Suicídio Egoísta: conseqüência do excesso de individualização;
·Suicídio Altruísta: ao contrário do egoísta, é quando o individuo
encontra-se fortemente integrado no grupo social e muitas vezes confunde-se com
o todo;
·Suicídio Anônimo: quando o indivíduo não apresenta-se regularmente no
âmbito social, ocasionado por mudanças repentinas e procura relacionar o ato
com coisas externas.
O julgamento é moral e de valores muito
severos, as pessoas que tentam e não conseguem finalizar por algum motivo,
muitas vezes, são atendidas com primeiros socorros nos hospitais e clinicas,
porém, após isso são ignoradas, desprezadas, os trabalhadores preferem cuidar
de pessoas que querem viver sendo que muitas das quais quase morreram são as que
mais precisam de atenção e amor. O que você faria? Daria atenção aquela pessoa
que deseja morrer?
Felizmente
existem pessoas que dedicam muito tempo de suas vidas cotidianas
voluntariamente – é queridos, voltei ao voluntariado, realmente esse trabalho
chama muito minha atenção – em prol da valorização da vida, e por isso que foi
criado em 1962 o Centro de Valorização da Vida (CVV), que “foi
reconhecida como entidade de utilidade pública federal pelo decreto lei nº
73.348 de 20 de dezembro de 1973” (site CVV). O trabalho voluntário é realizado
em todo o Brasil, via telefonem, chat ou presencial e aborda os conhecimentos
do psicólogo norte-americano Carl Rogers, no que diz respeito ao uso de
abordagem centrada na pessoa, ou seja, tenta-se ao máximo colocar-se no lugar
dela e pensar como ela pensa porque afinal, “cada pessoa tem que utilizar
sua experiência da maneira que lhe é própria”.
Ponto importante sobre o
trabalho realizado é que todos que voluntariam-se passam por um treinamento,
onde apresenta-se as Condições Facilitadoras do Crescimento. Primeiramente,
deve-se compreender empaticamente o individuo que procurou ajuda, levando-o a um
processo de auto-explorarão que se desenvolve no decorrer do diálogo. A medida
que o dialogo vai avançando, o voluntário deve ir ao encontro das necessidades
fundamentais de todo ser humano, ser aceito e amado, criando condições ao
indivíduo, favorecendo a aceitação. Por ultimo é importante ser congruente,
precisa demonstrar que no momento do diálogo, a sinceridade, a verdade e a
transparência são extremamente importantes. Em momento algum deve-se dizer a
opinião própria, apenas pôr-se a disposição de ouvir e apoiar.
Essa semana o foco foi mais
presente no suicídio e no trabalho voluntário exercido para evitá-lo, mas quero
ressaltar que qualquer tipo de voluntariado é valido e demonstra-se através da
solidariedade, altruísmo e compaixão , além disso, do ponto de vista psíquico
melhora a qualidade de vida dos indivíduos, revigora os que praticam e
recebem.
Obrigada pela atenção. Vamos
praticar é apenas questão de treino e força de vontade!
Beijos e Borboletas <3
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"Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar." Josué 1:9
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Fonte: VENTURELA, Patrícia D’Avila, Prevenção do Suicídio: Um relato da Capacitação dos Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) no Município de Porto Alegre, 2011 --> texto base