domingo, 26 de abril de 2015

SER Determinado ?

Oi queridos.. 

Tudo bem? Como vai o dia-a-dia de vocês.. O meu vai bem corrido, muito o que fazer, mas não poderia deixar de postar sobre o texto da semana, certo?
Já ouviram falar sobre determinismo? Determinismo social, genético, tecnológico, geográfico, ambiental. Tudo ultimamente tem sido tratado a base do que foi determinado e acredite, existe teoria determinista - Porquê? Realmente não sei- para muitas áreas...Como assim? Ainda não está claro, afinal O QUE É DETERMINISMO?...


Determinismo é a teoria filosófica de que todo acontecimento (inclusive o mental) explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade. A tirinha apresenta um pensamento determinista da menina.Ficou mais claro ?
Considerando o texto da semana “A perturbadora ascensão do determinismo neurogenético” escrito pelo neurocientista Steven Rose apresenta a ideia do determinismo neurogenético, o qual, “proclama ser capaz de explicar tudo pelas propriedades do cérebro, ou pelos genes”. Steven apresenta um profundo argumento contra o determinismo neurogenético, diria – minha opinião, OK?! Vocês podem descordar - que até um pouco radical.

Antes de continuarmos, para que tudo fique mais claro, neurogenética, segundo Rose é “identificar os genes que afetam o cérebro e o comportamento, atribuir-lhes poder causal ”, portanto o determinismo neurogenético, pode-se dizer que alguma característica é determinada pelo gene, ou pelo cérebro. Sim, para os deterministas as pessoas cometem crimes, pois contém gene criminoso, são pobres, moram nas ruas, pois contém genes que determinam que isso aconteçam. Resumindo o que não é característica dos genes, é atribuído a problemas biológicos durante a gravidez, problemas no nascimento ou acidente na primeira infância... Será mesmo que isso tudo está certo? Ou apenas uma jogada de autoridades, médicos, teóricos, pesquisadores, para tentar explicar problemas ainda não resolvidos da sociedade? Não podemos deixar de considerar que vivemos nos anos do Cérebro, esta cada vez maior o número de pessoas que pesquisam o funcionamento deste. Ah, mas isso não é ruim, é? Claro que não, não há dúvidas de que isso é importante. Só questiono se tudo é determinado pelo cérebro. Acredito que algumas coisas são genéticas e cerebrais, porém não tudo né minha gente, certamente há relação entre biológico, individual e social. Desde quando problemas sociais, são fatores cerebrais de um indivíduo ¿ Isso não seria mais voltado para questões sociais? Na minha visão sim... Muito do que é definido pelos pesquisadores, não necessariamente é verídico.



O que quero trazer como discussão é isso.. Nem tudo pode ser ROTULADO ou GENERALIZADO. Reflita, comente.


Beijos e Borboletas <3

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"Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se" Tiago 1:19

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Fonte: Rose S. A. (1997) perturbadora ascensão do determinismo neurogenético. Ciência Hoje, 21, 18-27.

domingo, 19 de abril de 2015

A insanidade de sãos

Olá queridos,

Como estão? Espero que bem. Como vai a reflexão dos textos? Quero dizer que caso tenham alguma dúvida, estou disponível para ajuda-los, é só postar um comentário.. Se não tiverem dúvidas, também adoraria ver o comentário de vocês sobre os posts. Sem enrolação..

O texto lido essa semana, dá uma introdução a psiquiatria - uma especialidade da medicina que lida com prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pessoas com transtornos mentais, dentre eles estão: depressão, esquizofrenia, anorexia- mais especificamente, a teoria da psiquiatria testada por David Rosenhan na década de 1970, ele procurou saber se os psiquiatras da época conseguiam diferenciar quais pessoas eram sãs e quais eram insanas. Através dessa pesquisa, David procurou demonstrar a complexidade do ser humano.
Como ocorreu tal pesquisa? Você deve estar se perguntando... Após uma viagem ao Vietnã onde observou um número elevado de homens que fingiam esquizofrenia para não serem convocados para a guerra, o psicólogo chamou 8 pessoas, incluindo ele, e pediu que estes fossem a um consultório psiquiátrico e fingissem ser insanas. As pessoas deveriam dizer ao médico que estavam ouvindo um barulho, o qual deveria ser definido como “TUM”. Mas, por quê “TUM”? Por um motivo não tão obvio e extremamente pensado, o som não estava contido nos estudos da psiquiatria. No dia determinado, os pacientes relataram o barulho proposto e todos eles foram diagnosticados com esquizofrenia, exceto um que foi diagnosticado com psicose-maníaco-depressiva, mas o que importa mesmo no estudo de David é que nenhum deles teve sua sanidade detectada. Eles foram mandados para diferentes hospitais, onde ficaram entre 7 e 52 dias. Relataram casos de maus tratos por parte do enfermeiros e o fato de que os internados sabiam que não tinham distúrbio mental, ja os enfermeiros e médicos, continuavam acreditando que sim e enchendo-os de remédios, foram liberados apenas quando sua insanidade foi considerada temporária.

(foto modificada tirada do site www.meusnervos.com.br) 


Algo realmente interessante no texto foi que a própria autora decidiu refazer o experimento de Rosenhan, para saber se os diagnósticos psiquiátricos haviam mudado. Ela foi até o consultório e relatou o “TUM”, a primeira diferença logo foi percebida, através do acolhimento do médico e dos enfermeiros, porém ela foi diagnosticada com depressão e o médico receitou várias pílulas ( 25 antipscicóticos e 60 antidepressivos). O que prova que ainda hoje, existem médicos que rotulam os pacientes sem um exame mais detalhado. Imagine só, você tendo que tomar essa quantidade absurda de remédios sem ter o problemas "diagnosticado" pelo médico...


David, através dessa pesquisa, quis criticar a teoria da psiquiatria da época, aquela que rotula as pessoas. O que o psicólogo desejava era que as pessoas fossem examinadas, não só com perguntas em consultórios, mas sim no dia-a-dia, nas escolas, trabalhos, conversando com pessoas próximas, gostaria que os profissionais se importassem com a questão individual, assim podendo saber quais pacientes realmente contém algum transtorno e precisam de tratamento específico. O vídeo abaixo deixa um pouco mais claro, a visão apresentada, sobre os falsos rótulos colocados nas pessoas.



Como ja dito neste blog, em tudo há variância, as pessoas são diferentes e devem ser tratadas de maneiras diferentes, cada característica é individual e faz da pessoa um ser único. A pesquisa de 70, impactou e possibilitou algumas mudanças para a área, mesmo que poucas. Ainda existem vários profissionais como os da pesquisa, mas também existem aqueles que realizam seu trabalho com excelência e preocupação com a vida de cada indivíduo que atende, de maneira específica. Digo que existem, pois tenho um caso próximo em que o médico se importa de maneira individual e procura o melhor  para o seu paciente, isso é realmente admirável, precisamos de mais profissionais assim. Lembre-se , sempre, que a maneira como você pensa, reflete na maneira como você age, talvez a maneira como o médico pensa no lado positivo do tratamento e reabilitação de seus pacientes, é o que o faz agir da melhor maneira. Portanto, prossigamos pensando no lado positivo da vida. 

É isso queridos leitores.. Obrigada pelo acesso!! Deixem seus comentários.

Beijos e Borboletas <3

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"Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." Mateus 11:28

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domingo, 12 de abril de 2015

Um outro uso da técnica

Heey como estão ?

Posso dizer-lhes que vou bem, afinal estou praticando a compaixão, condicionando a mente para coisas boas, usando dos meus sentidos e tentando apurá-los.. E vocês, estão praticando o que vimos nos ultimos textos? Espero que sim !

O comentário dessa semana apresenta, talvez, um tabu a ser quebrado pela sociedade. Até certo ponto assemelha-se com a meditação, estudada em "Educar para bem estar". Sem mais delongas o assunto estudado essa semana é definido pela Associação Americana de Psicologia como um estado de consciência, envolve atenção focada e consciência periférica reduzida e é caracterizado por uma maior capacidade de resposta a sugestão. Trata-se, portanto, da HIPNOSE.



Tomada por grande senso crítico, valores morais e éticos a hipnose está além de shows de ocultismo e demonstração do sobrenatural, como afirma os textos base "Hipnose fora do palco" e "Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e quantitativa de estudo". A prática é útil para os mais diversos fins, inclusive na medicina e na psicologia. A hipnose clínica, é usada para tratamentos neuromusculares, doenças autoimunes, alívio de dores, ou até mesmo como anestesia pré procedimento cirúrgico. Assim como a meditação, a hipnose não acontece da mesma forma com todas as pessoas, é necessário lembrar que são questões variáveis que depende, em partes, do paciente.
Para você que pensa que a hipnose é apenas a imaginação fértil ou atuação teatral, lamento dizer que esta errado, acredite, são processos bioquímicos do cérebro e acontecem em estágios de transe.
Em "Hipnose fora do palco", são apresentados cinco estágios:
Estagio 1 (Hipnoidal) - as pálpebras pesam e a respiração fica lenta.
Estágio 2 (Nível leve) - o corpo está tão relaxado que chega a sensação de peso.
Estágio 3 (Estadomédio) - a pessoa pode deixar de sentir algumas sensações como o toque.
Estágio 4 (O profundo) - a potencialidade fica mais aguçada, a pessoa pode responder perguntas e conversar.
Estágio 5 (Sonambúlico) - amnésia e alucinações são constantemente observadas, é como se fosse uma anestesia sem que o paciente perca a consciência.
Para facilitar o entendimento, assista o vídeo abaixo que simplifica as verdades e mitos do processo hipnótico.


Refletindo sobre o que foi dito no vídeo, trazemos a tona características apresentadas no texto estudado que foca na hipnose no controle da dor ("Hipnose e dor: proposta de metodologia clínica e quantitativa de estudo"). Neste há uma pesquisa intrínseca - que busca entender o mecanismo de atuação do processo -  e uma pesquisa instrumental - que busca entender a hipnose como forma de estudar processos cognitivos específicos -, a dificuldade do pesquisador se encontrava, principalmente, nos seguintes questionamentos: Como descobrir até que ponto da hipnose os dados coletados são legítimos? Como aplicar no tratamento da dor, fazendo ser eficiente? 
Para responder tais questões, o autor propôs um método que desse ênfase no contexto, na construção da realidade do indivíduo e nas interpretações estéticas, que se relacionassem as técnicas do processo, dando foco na individualidade do pesquisado. O teste para tal método foi realizado com Suzana de 46 anos, que já havia passado por diversos médicos para o tratamento da fibromialgia - uma síndrome que provoca dores em todo o corpo por longos períodos, com sensibilidade nas articulações, tendões e músculos - e da depressão, tomara vários tipos de remédios para diferentes ações, porém nada adiantava. A hipnoterapia foi indicada por um de seus filhos, e na esperança de que algo resolvesse o seu problema, a mulher decidiu tentar.
Para dar inicio ao tratamento, o pesquisador procurou, primeiramente, diagnosticar de onde provinham as dores de Suzana, afinal a dor é uma vivência extremamente ligada a sentimentos e emoções e implica em uma construção de vários significados, tudo varia de pessoa pra pessoa. Descobriu-se, com isso, situações extremamente profundas que deram inicio ao que a mulher sentia; divorciada por traição, tendo que criar três filhos sozinha trabalhando dia e noite como costureira. As angústias do passado vieram a tona no futuro, impossibilitando-a de trabalhar e trazendo consigo as dores no corpo.
Continuando o tratamento sabendo das causas, o hipnólogo desenvolve intervenções hipnóticas específicas para Suzana, uma delas foi desenvolver uma metáfora que permitiu que ela criasse associações de acordo com suas necessidades, essa associações eram responsáveis pelo prolongamento do alívio de suas dores.
O tratamento ajudou a paciente a ponto da mesma prosseguir com as sessões. A medida que avançava conseguia condicionar sua mente e consequentemente o corpo para aliviar e prolongar o período sem dores, isso permitiu a ela uma vida mais calma.


Com isso, pode-se dizer que a hipnose é um método muito interessante para fins clínicos, porém deve-se procurar um especialista para tal, afinal infelizmente ainda existem indivíduos que fazem mau uso da técnica. Lembre-se que você detém do auto-controle, guarde-se, atente-se, não deixe que qualquer um tome conta disso. 

Beijos e Borboletas <3

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"Acima de tudo, guarde o teu coração, pois dele depende toda a sua vida." Provérbios 4:23

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Mitos e Verdades sobre a hipnose -- vídeo 










sábado, 4 de abril de 2015

Sentidos que estimulam

Olá galerinha!!

O feriado prolongado já chegou e todos queremos aproveitar certo?! Mas, não é necessário deixar de ler a postagem da semana, é rápida.

Antes de comentar sobre os textos lidos (sim, está semana foram dois), assistam o vídeo abaixo, irá deixar um pouco mais dinâmico o nosso breve estudo. Pense em respostas para algumas questões...
Qual a importância dos sentidos do ser humano? Existem apenas os famosos 5? Como é ou como seria se você não tivesse algum deles, ou tivesse uma deficiência em tais? Qual a relação dos sentidos com o tédio? So, enjoy it ! (Então, aproveitem!) 


Como se sentiriam se ficassem presos em um cubículo deitado na cama por vários dias sem contato com o externo, saindo apenas para refeições e para  ir ao banheiro? Em "A patologia do tédio", pesquisadores e psicólogos pagaram alguns garotos para realizar essa experiência, o que hoje pode ser considerado anti ético.

fonte: "A patologia do tédio" p.193.

Após os longos dias confinados, ao final, os analisados se encontravam em estado de tédio - sensação de aborrecimento ou cansaço - a ponto de terem alucinações. Os indivíduos aos poucos foram perdendo alguns dos sentidos por determinado período, a visão ficava turva, o tato debilitado, tais perdas fez com que a experiencia deixassem-os, temporariamente, suscetíveis á argumentação de fenômenos sobrenaturais. É clara a influência da experiencia nos sentidos humanos dos sujeitos, conforme o corpo não recebia estímulos externos, o cérebro  deparava-se com novas confusões e alucinações.
Quero realmente ressaltar o quanto os sentidos podem fazer falta, ainda mais quando não se recebe estímulos externos. Porém a falta ou dificuldade nestes, não torna o indivíduo inferior àquele cujo detém todos.
Levando a discussão para um outro ponto de vista, "A patologia do tédio" e "O novo sentido do tato" deixaram meus pensamentos extremamente voltados a uma reflexão sobre um mundo cada dia mais egoísta que vivemos, as pessoas querem o que é melhor e mais fácil, para si mesmas e, infelizmente, deixam de pensar no próximo. Acreditem ou não, ainda estou me referindo aos sentidos do corpo humano. 
As tecnologias inovadoras, desenvolvidas para pessoas com certo grau de deficiência sensitiva, remetem esse sentimento que paira sobre a sociedade. Não estou querendo dizer que o desenvolvimento de aparelhos auditivos, por exemplo, seja ruim, de maneira alguma, desde que a pessoa esteja de acordo, é ótimo para ela. 
Mas, se os surdos tem uma forma de comunicação através de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), por exemplo, por quê não aprende-la para que possamos nos comunicar facilmente, ao invés de achar que eles devem desenvolver uma habilidade mais complicada para simplesmente conversar? Há tantos lugares que disponibilizam cursos de linguagens de sinais, mas o número de alunos é bem pequeno e em sua maioria frequentados apenas pelos que necessitam dessa linguagem para comunicação. O condicionamento para os aparelhos que podem melhorar e torná-los "normais" é tão alto que em alguns lugares do mundo, os deficientes auditivos nem se quer aprendem uma forma de comunicação.
Com tais perspectivas, não quero afirmar que devem parar de avançar nas tecnologias que tornam as deficiências menores, apenas quero ressaltar que a deficiência não é um defeito, e por isso não devemos tratá-las como tal. Estimule seus sentidos para o bem e eles estimularão em você os movimentos da vida.

Beijos e Borboletas <3
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"Não vos conformeis a este mundo, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." Romanos 12:2
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